Integração do transporte entre cidades vizinhas será defendida por comissão
Os participantes da audiência pública definiram nesta quarta-feira (25) formar uma comissão para manter o debate sobre a integração do transporte público entre as cidades vizinhas de Gaspar. O objetivo é apresentar a pauta aos deputados estaduais que representam o Vale do Itajaí.
De acordo com o vereador Cícero Giovane Amaro (PSD), o grupo deve ser composto por representantes da Câmara de Vereadores, da Prefeitura, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e da empresa Coletivo Caturani, que opera, em caráter emergencial, desde 2017, o transporte coletivo na cidade.
Serão apresentadas no dia 22 de outubro propostas para concessão do serviço de transporte público coletivo de Gaspar. O valor da licitação gira em torno de R$ 174 milhões. Já a concessão deve durar 20 anos.
Para o presidente da Câmara, Ciro André Quintino (MDB), é necessário tornar o transporte coletivo mais atraente para os gasparenses.
“Só assim, a pessoa vai trocar o carro e a moto pelo ônibus. E quanto mais usuários no sistema, mais barato poderá ser o valor da tarifa, com reflexos positivos também para o trânsito de nossa cidade”, ressaltou.
Limites
O vice-prefeito de Gaspar, Luis Carlos Spengler Filho, declarou que a Prefeitura está abrindo novas vias para melhorar a mobilidade urbana e já construiu 30 km de ciclovias. No entanto, reconheceu que as maiores dificuldades estão concentradas nos limites do município.
Um deles é o Bairro Bela Vista onde está localizado o IFSC. Conforme a diretora-geral do instituto, Ana Paula Kuczmynda da Silveira, a grande maioria dos alunos trabalha ou estagia nas cidades vizinhas, o que fortalece a importância da melhoria do transporte público. Ela também reivindicou que o ônibus da empresa Verde Vale continue passando pelo local.
“O nosso grande desejo é que caminhássemos para a criação da região metropolitana. Já somos uma. Todo mundo ganharia com isso”, enfatizou.
Contrato
O gerente de Controle, Regulação e Fiscalização de transporte Coletivo e demais Serviços Públicos, Daniel Antônio Narzetti, que é servidor da Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí, relatou que, em dois anos, Gaspar assinou quatro contratos emergenciais para manter o serviço.
“Um transporte público para todos requer um esforço cultural e administrativo. É preciso cobrar de todas as parcelas da sociedade”, defendeu.