Engenheiro do Samae e dono da CR Artefatos de Cimentos são ouvidos pela CPI da Rua Frei Solano
O engenheiro civil do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Halan Jonas Mores, apresentou explicações na última quinta-feira (27) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a drenagem da Rua Frei Solano. Mores foi responsável pela fiscalização de dois trechos da via.
O relator da Comissão, vereador Cícero Giovane Amaro (PSD), questionou o fato de a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ter sido feita em junho do ano passado, dois meses depois do assentamento da tubulação.
Em resposta, o engenheiro afirmou que o registro teria ocorrido durante o decorrer da obra. Ao receber cópia do documento, Mores confirmou que a taxa foi paga no mês citado por Amaro.
Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC), o registro da ART efetiva-se após o seu cadastro no sistema eletrônico e pagamento do valor correspondente. ART é o instrumento em que o profissional registra as atividades técnicas solicitadas através de contratos.
Alterações
O vereador Francisco Hostins Junior (MDB) falou sobre o uso do sistema de contra-berço em vez de berço. Ele perguntou se ambos garantiam qualidade e segurança para assentar os tubos. “Tecnicamente, a meu ver, é positivo o contra-berço”, declarou.
Mores também confirmou que as alterações na obra foram discutidas com o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Jean Alexandre dos Santos, o engenheiro civil da Prefeitura de Gaspar, Ricardo Paulo Bernardino Duarte, o projetista e o empreiteiro.
Já o presidente da CPI, vereador Dionísio Bertoldi (PT), perguntou se o engenheiro havia feito mudanças no projeto. A resposta foi negativa.
Aditivo
Durante o depoimento do proprietário da empresa CR Artefatos de Cimento, Walney Agilio Raimondi, o presidente indagou se houve aditivo de material ou item específico para a obra, pois havia um pedido de acréscimo de 25% para a Rua Piracicaba, assinado pelos engenheiros Ricardo Paulo Bernardino Duarte e Vinícius Garcia.
“Não sei te precisar, disse Raimondi”. O valor investido pelo município para a drenagem do primeiro trecho foi de cerca de R$ 1,5 milhão. A obra foi executada pela empresa de Walney.